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quinta-feira, 31 de julho de 2008

GESTOS SIMPLES QUE MUDAM VIDAS

Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
Muitas coisas se falam a respeito de Beethoven.
O fato de ter composto extraordinárias sinfonias,
mesmo após a total surdez, é sempre recordado.
Exatamente por causa de sua surdez, ele era pouco sociável.
Enquanto pôde, escondeu o fato de a audição estar comprometida. Evitava as pessoas porque a conversa se lhe tornara uma prática
difícil e humilhante.
Era o atestado público da sua deficiência auditiva.
Certo dia, um amigo de Beethoven foi surpreendido pela morte
súbita de seu filho.
Assim que soube, o músico correu para a casa dele,
pleno de sofrimento.
Beethoven não tinha palavras de conforto para oferecer.
Não sabia o que dizer.
Percebeu, contudo, que num canto da sala havia um piano.
Durante 30 minutos, ele extravasou suas emoções da maneira mais eloqüente que podia.
Tocou piano.
Ao contato dos seus dedos,
as teclas acionadas emitiram lamentos e melodiosa harmonia
de consolo.
Assim que terminou, ele foi embora.
Mais tarde, o amigo comentou que nenhuma outra visita havia sido tão significativa quanto aquela.
Por vezes, nós também, surpreendidos por notícias muito tristes ou chocantes,
não encontramos palavras para expressar conforto ou consolação. Chegamos ao ponto de não comparecer ao enterro de um amigo,
por sentir "não ter jeito" para dizer algo para a viúva,
ou os filhos órfãos.
Não vamos ao hospital, visitar um enfermo do nosso círculo de relações, porque nos sentimos inibidos.
Como chegar?
O que levar?
O que dizer?
Aprendamos com o gesto do imortal Beethoven.
Na ausência de palavras,
permitamos que falem os nossos sentimentos.

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