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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

IMPULSIVA...



Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo,
tinha raiva a menor provocação. Na maioria das vezes,
depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar
a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva.
Me entregou uma folha de papel lisa e me disse:
- Amasse-a! Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora
- voltou a dizer-me
- deixe-a como estava antes. É óbvio que não pude deixá-la como antes.
Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.
Então, disse-me o professor:
- O coração das pessoas é como esse papel...
A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.
Quando sinto vontade de estourar lembro deste papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.
Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras,
logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.
Alguém disse, certa vez:
"Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio".
Como uma folha.

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