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sexta-feira, 21 de novembro de 2008
A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que,
talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e abrange bem mais do que
dizer um simples "obrigado" diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de
dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas,
quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que
criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E, quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no dia a dia.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a
frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores,
porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece,
é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete.
Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome,
jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver,
que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu,
que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se teus amigos não merecem uma certa cordialidade, teus inimigos
é que não irão desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura. Imagine Jesus esnobando os pescadores-apóstolos
Pedro e João pela pouca prática em pescaria;
ou os cobradores-pecadores Mateus e Zaqueu pela traição ao povo judeu;
ou você, após admitir que caiu em pecado mais uma vez e que não conseguiu
"chegar lá", como pretendia. Para Jesus, aceitar os outros, ouvi-los,
conversar coisas que não Lhe interessavam, não ser espaçoso demais, etc.,
era uma necessidade. Ele era assim. Assim como? Fino!
Ser cristão é ser delicado, embora seguro.
É ser elegante. Cavalheiro, como só o Espírito Santo pode ser.
Com certeza, a elegância no teu comportamento revela muito do quanto você se dispôs
a crescer por causa do Evangelho.
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