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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Relacionamentos...



Todos os seres humanos buscam o amor.
Acreditam que este amor tem que vir de outra pessoa.
Sonham, idealizam que este amor virá um dia e o, (ou a) salvará de sua solidão.
A nossa sociedade acostumou-se a procurar o amor fora.
No outro.
O outro tem que vir, e me amar.
Esperam a vida toda ser nutrido pelo outro.
" Ah, com o outro eu serei feliz!"
Procuramos uma pessoa que dê significado em nossas vidas e nos autorize o amor.
O não ter esta pessoa nos faz sofrer.
Ficamos irritados, pequenos, sem valor,
até chegamos a nos desprezar.
Sei de muitas pessoas que choram de solidão,
como se pedissem colo à outra pessoa,
ou do tipo "pelo amor de Deus, me ame, por favor."

Nossa cultura de dependência nos fez acreditar
que a outra pessoa seria a nossa salvação.
Interessante é que quando temos esta pessoa,
logo depois ela já não nos serve,
pois não nos nutre como gostaríamos de ser nutridos.
Queremos que o outro faça por nós aquilo que apenas nós deveríamos fazer.

Trocamos de parceiros, ou melhor,
entramos na parceria por causa de nossas carências,
e saímos dela pela mesma carência não resolvida.
De certa forma, isto nos prova que ninguém completa a ausência
que temos no coração.
Afirmamos que ninguém completa,
pois é uma das certezas que tenho depois de muita
experiência profissional e de minha vida pessoal.
Essa ausência ou carência só eu posso completá-la.

É de minha responsabilidade me amar.
Só eu posso me curar de minha solidão.
E quando curo a minha solidão, aprendendo a ficar comigo,
a ser importante para mim, eleger-me o primeiro em minha vida.

Estamos num padrão social tão desajustado
que a sociedade nos cobra uma parceria afetiva.
Sentimo-nos deslocados quando não temos uma relação afetiva acontecendo.
E essa comparação, entre eu que não tenho e o outro que tem,
inevitavelmente nos leva à solidão.

A solidão é um vício comportamental
, é um estado da mente,
de quem não consegue ficar consigo,
de quem não consegue se amar.
Nunca ninguém está só no universo.
Se entender a estrutura dos 4 elementos, e a diversidade de dimensões,
certamente perceberei que nunca estou só.

Só que me acostumei ao padrão da queixa,
do colo, do coitadinho, que receber a atenção do outro é primordial.
Preciso da atenção do outro, preciso ser nutrido pelo outro,
pois não aprendi a me amar.
É comum que neste estado de solidão venhamos a desenvolver
inúmeras fantasias afetivas.
Nos apaixonamos por diversas possibilidades que o outro nos apresenta.
Todas movidas pelas nossas carências.
Descobrimos uma infinidade de almas gêmeas,
e curtimos grande esperança,
até que aquela alma gêmea não corresponda nossa expectativa,
e aí então, descobrimos nova alma gêmea.

Conheço pessoas, que descobrem uma alma gêmea por dia.
Outras, que se encantam com certas características
pessoais do outro, e tecem uma rede de emoções, desejos,
sonhos e, principalmente, fantasias, transformando
sua energia afetiva num grande e imenso amor Platônico,
sem nunca se dar conta se estão sendo retribuídas nessa
mesma frequência de energia.
Nós todos somos seres eletromagnéticos.
Vibramos frequências energéticas o tempo todo;
e creio que quando duas pessoas se amam, entram, portanto,
na mesma frequência, que virá a proporcionar,
no encontro dos corpos, a maravilhosa sensação
de um perfeito "se completar".

Se por acaso este é o teu caso,
de um amor Platônico, ou não correspondido,
lhe dou uma dica: olhe se a outra pessoa está na mesma
sintonia que você.
Se não estiver, não perca seu tempo.

Use seu tempo ficando disponível para o seu verdadeiro amor,
aquele que corresponda às suas necessidades de troca.
Não idealize.
Amor não é para ser idealizado,
é para ser experimentado, vivenciado.
Se o outro não está na tua frequência,
caia fora, pois este outro não te merece.
Relação só é boa quando ambos querem a mesma coisa.
Quando estão na mesma sintonia.
Se a sintonia só é sua,
é carência, é fantasia de sua parte.

Talvez seja admiração de algo que o outro conquistou e você ainda não,
ou o outro representa teu ideal como aspecto físico e comportamental.
Mas o teu ideal,
certamente, pode não ser o ideal do outro.
Portanto, não sofra por amor.
Apenas ame-se, apenas se dê uma chance de ser feliz,
cuidando mais de você, e não ficando à mercê da atenção, e disponibilidade de ninguém.

Você é uma estrutura universal única.
Ninguém é igual à você.
Respeite-se, curta-se, permita-se, cuide-se.
Não é digno de sua parte chorar ou lamentar pelo amor não correspondido,
pois se olhar tua carência e a ausência de amor por você,
com toda certeza mudará agora este padrão que só te faz sofrer,
e que não resolverá tua questão afetiva.
A solução de tua questão afetiva está no teu coração.
No amor por si.
Ame-se e vai se curar da fantasia de esperar amor do outro.

Cuidem-se

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